quinta-feira, 15 de março de 2012

RELACIONAMENTOS



Recentemente,apresentei numa entrevista virtual, minhas convicções sobre relacionamentos. Abordando em amplo espectro, fui categórico ao afirmar que os relacionamentos, quais sejam, estão muito superficiais.

Poderia-se dizer que o amor não está sendo praticado em sua plenitude, complexidade e beleza. Vulgarizou-se a expressão "EU TE AMO" e da boca pra fora, qualquer um hoje em dia, despeja essa máxima, antes venerada, com a maior facilidade. Despeja porque intimamente não sente. Esse é o ponto.

No entanto, há uma incoerência nesse fato. Se evoluímos tanto nas últimas décadas, porque razão involuímos na forma de sentir? "EU TE AMO" jamais será um artigo de prateleira, numa loja de R$1,99.

Eu sinceramente gostaria muito de ouvir, ou ler, opiniões sensatas a respeito. Esse fato me entristece pois já ouvi muito essa expressão falada sem textura, sem emoção, mesmo que venha de um amigo.

Os poetas cantam o amor em prosa e verso, num esforço sublime de preservar o mais nobre dos sentimentos. Parece-me hoje um esforço em vão. A banalidade com que as coisas são tratadas nos dias modernos, alcançou também o amor.

Onde estão os relacionamentos consistentes, sólidos o bastante para durar toda uma vida? Os que passam de cinco anos já são exceção atualmente. Então falta amor decididamente. Falta respeito, e outras coisas mais, porém o alicerce principal deixa de existir e a pretensa edificação torna-se volátil, insípida. E questiono, até onde a modernidade influenciou a maneira de amar?

O Século XXI permitiu que o romantismo cedesse lugar ao interesse. E uma bela conta bancária se tornou mais atraente que as próprias virtudes. Que pena tão poucos lerem as minhas divagações. Seria esplêndido poder catalogar um grande número de opiniões.

Afinal...o que acontece com os relacionamentos?


3 comentários:

  1. E sem contar os casos de agressões as mulheres, que é, na minha opinião, a pior espécie de relacionamento.

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  2. vc,falou tudo,nada sobrou,mas....em sintese hehhehh veja que diz o poeta...

    AMOR É SÍNTESE

    Por favor, não me analise
    Não fique procurando cada ponto fraco meu.
    Se ninguém resiste a uma análise profunda,
    Quanto mais eu...

    Ciumento, exigente, inseguro, carente
    Todo cheio de marcas que a vida deixou
    Vejo em cada grito de exigência
    Um pedido de carência, um pedido de amor.

    Amor é síntese
    É uma integração de dados
    Não há que tirar nem pôr
    Não me corte em fatias
    Ninguém consegue abraçar um pedaço
    Me envolva todo em seus braços
    E eu serei o perfeito amor.
    Mário Quintana

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  3. Meu bom amigo e irmãozinho Barjon, tácito que, da mesma forma que ocorre o desgoverno e a ilegalidade, onde o poder público se mostra inoperante e ausente, também eclodem distúrbios comportamentais e inversões de valores no seio das famílias.

    Aqui mesmo em Moema, próximo de mim, tem um Colégio particular, onde canso de observar pais que trazem os seus filhotes as 07hs da manhã e depois por volta das 18/19hs vêm buscá-los... Muitas dessas crianças já entram no carro dormindo. São crianças que a cada dia estarão mais plenas de informação e competitivas, tais os seus pais, contudo, mais carentes de formação, pois formação quem dá é a família, não é verdade?

    O machismo, da invenção do ficar por ficar, onde ninguém é de ninguém, consentido pelas mulheres a título de se mostrarem iguais, e ainda, pra não ficarem sem par, está literalmente acabando, matando aquela coisa do amor, pois amor não convive com desrespeito.

    Os casamentos que ocorrem já iniciam falidos, pois um não confia na fidelidade do outro e, maior das vezes, optam por continuar com a mesma libertinagem de quando solteiros, isto é, ficando por ficar com outras pessoas, e mantendo casamentos de fachadas e sem qualquer emoção e, enfatizo, sem qualquer respeito ou romantismo.

    O desrespeito é o grande mau desses tempos modernos, por conta dele, países vão à guerra, desgovernos governam e a família está sendo robotizada. Uma pena!

    Parabéns pela abordagem temática oportuna, bem construída e relevante. Abraços e meu respeito sempre amigo comunicador Barjon de Melo!

    Antônio Poeta

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