Recentemente,apresentei numa entrevista virtual, minhas convicções sobre relacionamentos. Abordando em amplo espectro, fui categórico ao afirmar que os relacionamentos, quais sejam, estão muito superficiais.
Poderia-se dizer que o amor não está sendo praticado em sua plenitude, complexidade e beleza. Vulgarizou-se a expressão "EU TE AMO" e da boca pra fora, qualquer um hoje em dia, despeja essa máxima, antes venerada, com a maior facilidade. Despeja porque intimamente não sente. Esse é o ponto.
No entanto, há uma incoerência nesse fato. Se evoluímos tanto nas últimas décadas, porque razão involuímos na forma de sentir? "EU TE AMO" jamais será um artigo de prateleira, numa loja de R$1,99.
Eu sinceramente gostaria muito de ouvir, ou ler, opiniões sensatas a respeito. Esse fato me entristece pois já ouvi muito essa expressão falada sem textura, sem emoção, mesmo que venha de um amigo.
Os poetas cantam o amor em prosa e verso, num esforço sublime de preservar o mais nobre dos sentimentos. Parece-me hoje um esforço em vão. A banalidade com que as coisas são tratadas nos dias modernos, alcançou também o amor.
Onde estão os relacionamentos consistentes, sólidos o bastante para durar toda uma vida? Os que passam de cinco anos já são exceção atualmente. Então falta amor decididamente. Falta respeito, e outras coisas mais, porém o alicerce principal deixa de existir e a pretensa edificação torna-se volátil, insípida. E questiono, até onde a modernidade influenciou a maneira de amar?
O Século XXI permitiu que o romantismo cedesse lugar ao interesse. E uma bela conta bancária se tornou mais atraente que as próprias virtudes. Que pena tão poucos lerem as minhas divagações. Seria esplêndido poder catalogar um grande número de opiniões.
Afinal...o que acontece com os relacionamentos?