quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O CAOS NA MEDICINA

No século passado, ainda se trocava idéia com um bom farmacêutico sobre um eventual problema de saúde. Este por sua vez quase sempre acertava e a coisa ficava por ali mesmo.

Décadas se passaram, e os farmacêuticos não arriscam mais diagnosticar por sintomas, a medicina que antes apalpava, ouvia e elencava os sintomas para dar um diagnóstico certeiro ficou no passado.

Uma verdadeira parafernália técnica foi se desenvolvendo e ficando a disposição da classe médica que nos dias de hoje, parece saber menos, acertar menos do que na época em que ouviam e apalpavam.

Em Campinas a menina Gabriela morreu por atendimento "médico" de um farmacêutico que até hoje faz clínica nos fundos de sua farmácia. Nada aconteceu a ele até hoje.

Minha mãe aos 91 anos, padece há 4 meses sem que se saiba exatamente o mal que a aflige. E existem recursos para descobrir o que for necessário. Mesmo assim o sofrimento dela se estende dia a dia.

Por outra, o tio de minha amiga Lucilene, internado no Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha perdeu uma perna sem necessidade e agora já falam em amputar a outra. Esse Hospital é um verdadeiro pardieiro.

Então me pergunto diante desses fatos isolados: não é exatamente ter ou não ter recursos que faz a diferença. O tio de Lucilene não tem, a mãe da pequena Gabriela também não, mas minha mãe tem um plano "top" da Amil que manda até "maitre" no quarto com cesta de frutas quando se interna. E mesmo assim padece de dar dó. Os que me acompanham nesse Blog viram meu post com as fotos de quando ela saiu da internação. E saiu do Hospital São Luiz em São Paulo tido como instituição de alto padrão!

A conclusão que se chega é que a medicina está em crise. A responsabilidade e o juramento médico está a desejar. Claro que me refiro a um todo de uma classe profissional. Sempre existem as exceções. Nessa luta pela vida de minha mãe, perdi a conta das vezes que fui mal tratado por médicos e médicas que do alto de sua majestade, insultavam-se por serem procurados fora de seu horário. Isso sem falar nos que desligam os celulares e deixam você na mão!

Com o aparato tecnológico que existe hoje, não era para ser uma maravilha? Hoje inclusive, sabe-se do ser humano infinitamente mais do que a décadas atrás. Sinceramente eu não entendo.

Como não entendo também, porque um médico se sujeita a ganhar um salário de fome em hospital público, e adota a mesma proporção mercenária no trato de seus pacientes. Falta-lhe capacidade para estrelar um Einstein?

Tenho muitas amigas enfermeiras que me relatam coisas incríveis que acontecem nos hospitais que por sua vez, hoje são administrados para dar lucro. Os particulares se você não tiver convênio, exigem depósito antecipado caso contrário o paciente nem vai para a triagem. Quando da alta, o paciente não sai enquanto você não fizer uma visitinha na tesouraria. O juramento médico hoje é uma simples pró-forma mesmo. Altruísmo não existe.

Mas, me causa espécie estar em pleno século XXI e ser obrigado a escrever esse tipo de texto. Essa classe profissional, exceções a parte, deveria ser referência a todas as outras em dedicação e competência.

No contesto saúde pública, o caos existe faz tempo. Mas, nesse caso falta honestidade na administração, falta vontade, falta vergonha na cara dos responsáveis, que por sorte, não tem nenhum parente próximo entregue a um desses açougues especializados em carne humana!

Um comentário:

  1. Falta de respeito com o ser humano, acabou o amor,temos que orar muito e caminhar sempre com DEUS pois confiar no homem está difícil. Hoje tudo esta ligado ao poder, o dinheiro o capitalismo quem tem tem quem não tem, fica mal. Acho que não vai mudar tão cedo; dellarose

    ResponderExcluir